O DEPUTADO CARA DE PAU

O deputado e pastor Marcus Feliciano (PSC/SP) é um grande cara de pau. Ele vem resistindo a todas as pressões para sair de onde nunca deveria ter entrado. Já fez de tudo, fez charminho derramando lágrimas de crocodilo, já mandou prender manifestante que o chamou de racista, já deu um puta puxão de orelhas em uma fiel que lhe entregou cartão de crédito e esqueceu de repassar a senha, e agora já ameaça convocar a irmandade para uma guerra santa, para assegurar um cargo que acha que é dele.
Mas Feliciano resiste bravamente e dá mostra de que não vai abrir mão da presidência de uma Comissão que é a cara do Partido dos Trabalhadores (PT) dos bons tempos, a Comissão dos Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. E questiona-se, o que pretende fazer na Comissão dos Direitos Humanos um deputado autor de frases racistas e homofóbicas, que está na alça de mira do Supremo Tribunal Federal, por prática de estelionato e outros crimes?
Não posso concordar com aqueles que querem dar uma oportunidade a alguém de moral doente e incurável, que ameaça, que debocha, que reprime, que amaldiçoa, que é racista, que é homofóbico. E agora, com o apoio incondicional do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que tem um histórico de conflitos com ativistas sociais e militantes de movimentos gays, o Congresso Nacional corre o risco de virar um campo de guerra sangrenta e o presidente da Câmara não faz absolutamente nada.
Os manifestos de protestos pela saída do deputado-pastor da presidência da Comissão estão se intensificando em todo país a cada dia. Apesar do pedido de lideranças partidárias e o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Feliciano se recusa a renunciar.

Por: Garcia Neto