AS TRAGÉDIAS NATURAIS DE TODOS OS ANOS

É notória a ocorrência de diversos eventos climáticos extremos nos últimos anos, no Brasil. As chuvas intensas sempre provocam os maiores danos com o aumento do volume d’água, gerando grandes alagações e deslizamentos produzidos principalmente em áreas próximas aos leitos dos rios ou abaixo de inclinações desmatadas, causando danos irreparáveis aos ocupantes desses locais e ocorrências com vítimas fatais.
A cada período de chuvas rigoroso as mesmas ocorrências, principalmente em áreas de risco ocupadas, com casas destruídas, famílias desabrigadas, ruas alagadas, fortes temporais, deslizamentos provocados pelas fortes chuvas, pessoas desaparecidas e perda de vidas. No Amazonas, a enchente dos rios não perdoa os ribeirinhos e com ela vem a dengue, a leptospirose e os vários tipos de viroses ameaçando a saúde de todos, principalmente crianças e idosos.
As fortes chuvas deste ano já contabilizam vítimas fatais na região serrana do Rio de Janeiro. Em São Paulo, o cenário é de estragos e alagamentos em vários pontos da cidade. Na região do Alto Solimões, Amazonas, a enchente dos rios ameaça a ultrapassar os níveis do ano passado. Como resultado, a ação da Defesa Civil e fiscais das prefeituras na operação de resgate às vítimas e campanhas para arrecadar donativos de alimentos e a tão esperada “ajudinha” do governo Federal para assistência social aos desabrigados.
Diante deste cenário desolador de todos os anos, nossos políticos parecem pouco interessados na aplicação de medidas drásticas de prevenção à tragédia, entre elas impedir a ocupação em áreas de risco. É preciso, sim, a adoção de rigorosos critérios preventivos para minimizar os efeitos da tragédia e planejar a ocupação de pessoas em todas as áreas das cidades, além de, sobretudo, evitar a interferência de políticos que buscam dividendos eleitorais com a desgraça alheia.
Sabe-se que os estragos causados por tragédias comprometem principalmente o funcionamento das escolas públicas nos municípios mais distantes, que deixam de cumprir o calendário escolar para ceder espaço às vítimas desses desastres naturais.
O volume d’água em todos os rios do Amazonas vem aumentando aos níveis do ano passado e o governador do Amazonas, Omar Aziz (PSD), parece está aguardando o momento para apresentar as mesmas justificativas diante do choro dos prefeitos e do lamento do povo atingido pela fúria da natureza: pedir apoio às pessoas de bom coração e fazer fortes apelos à presidente Dilma para ajudá-lo no $ocorro aos desabrigados e na reconstrução dos municípios destruídos pela enchente.
Trabalhos preventivos, nem pensar!
Por:Garcia Neto